sábado, 29 de dezembro de 2007

Tribunal do Santo Ofício

Pense rápido: produto interno bruto
ou brutal produto interno?


Sobre o erro do processo dialético e outras heresias

Bem e Mal coexistem? Eis o erro do processo dialético: se das trevas não pode vir a luz e, tampouco, da luz sobrevir trevas e, sendo Deus o Bem supremo, como pode ter surgido d'Ele alguma coisa tida como sendo o Mal? Se do Bem provém mais Bem, ora, imperfeições não seriam aceitas. De Deus a Nietzsche, o Bem é forte e o Mal é fraco. Não há natureza humana, logo Bem e Mal são conceitos tão abstratos quanto a veracidade dos fatos e o veredito da História.Talvez o maior trunfo do Diabo é fazer-nos pensar que ele não existe. Se o Mal não existe, que critério sustenta a idéia de que o Bem existe? A própria essência destes conceitos os anulam.

Um minuto de silêncio ao estimado Kant.

Suponho que a existência nada mais é que um capricho divino, e tão certo nascemos quanto morreremos. E a questão é: em qual prisma se equilibra a existência? A onisciência divina acusa que a existência é cômica, infortunadamente cômica. Segundo a tradição bíblica, existe um livro no qual estão inscritos os nomes de todos aqueles que desfrutarão o "paraíso". Trata-se do livro da vida (Filipenses 4:3; Apocalipse 3:5; 13:8; 17:8; 20:12,15; 21:27), uma alusão metafórica à sapiência divina. No entanto, tal livro existe antes da formação do mundo. Ou seja, antes de existirmos. Conclusão: antes de sermos submetidos ao teatro da existência, nossa sina já vem determinada e incondicionalmente sentenciada. Isto é: se eu me esforçar ao máximo para receber o galardão da "salvação eterna", mas se meu nome não constar no livro da vida, algo previamente determinado acontecerá que justificará a minha condenação, fazendo assim a vontade de Deus e cumprindo os termos do livro da vida. Da mesma forma, pessoas que pelo critério divino jamais poderiam usufruir do "reino dos céus" serão condicionados por fator qualquer que desconhecemos e serão "salvas".Coloco toda a veracidade dos fatos, a coincidência do ser e a plausibilidade da vida à prova ante esta tese. Aliás, esse comentário por sinal também já não estava previsto?!

Um viva ao livro da vida.


Diagnóstico - Inquisição de Almeida

Sofro do mal de poeta:
tenho as mãos fechadas
e a cabeça aberta.


I wanna be Paris Hilton!

O luxo e os deleites de uma vida parasitária, desprovidas de qualquer culpa em função da inocência que o glamour e anos vivendo numa bolha Louis Vuitton podem conceder. Definitivamente, eu quero ser Paris Hilton! Estrelar meu próprio vídeo pornô, esbanjar todo o meu talento em um reality-show no qual posso provar que é possível sobreviver sem cartão de crédito e sandálias Prada, ser o ícone da futilidade da mídia e prova cabal do fétido cheiro da burguesia. Oh, my God! Deve ser muito difícil ser Paris Hilton. Cansei da minha vidinha consciente. Quanto mais eu penso em revolução mais me afasto do meu terno Giorgio Armani. O importante é o glamour, baby. Aplausos para Paris Hilton!

Anistia às mentes revolucionárias. Viva a Inquisição dos bons costumes.
~



Nenhum comentário: