sábado, 22 de março de 2008

Tribunal do Santo Ofício

Sobre Joan Brossa

Joan Brossa (1919 - 1998) foi um poeta, dramaturgo, artista plástico e designer gráfico catalão. Membro do grupo Dau al Set ("A sétima face do dado" - 1948), Joan Brossa foi expoente das manifestações modernas da poesia visual na Catalunha. Poeta total sem distinção de gêneros, seu trabalho englobou poesia, prosa poética, cinema, teatro, música, cabaré, design gráfico, mágica e circo, sendo que toda a produção literária foi escrita somente em língua catalã.









Conheça a obra de Joan Brossa:


Tribunal do Santo Ofício

____Tibete
+ Nada justifica uma ocupação militar da China, que já dura quase 60 anos, sobre uma região de 1,2 milhões de km² e cerca de 2,7 milhões de habitantes organizados pacificamente em uma teocracia budista;
+ Nada justifica o crescente domínio das autoridades chinesas sobre o Tibete, gerando deslocamentos de população em favor dos "Han" - a etnia maioritária da China - e a destruição de edifícios culturais, monastérios e textos sagrados, além da detenção de religiosos;
+ Nada justifica uma repressão fundamentada em estratégias de dominação geopolítica e econômica que parece se contentar em promover um "genocídio cultural".
Liberdade e autonomia para o Tibete.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Tribunal do Santo Ofício

O mal de "A roupa nova do rei"
Quando a ignorância insiste em legitimar o senso comum



Conta a fábula que, certa vez, um rei ordenou a todos os alfaiates e costureiros de seu reino que lhe fizessem a mais preciosa das roupas, digna de um verdadeiro soberano. Alguns indivíduos extremamente sagazes apresentaram ao rei uma "túnica invisível, a qual só os sábios enxergam". Para não ser desmascarado em sua tolice, o rei e os seus súditos passam a "enxergar" a tal roupa, embora todos soubessem que o monarca, naquela condição, estava nu.

Fábulas à parte, cogito que a "túnica invisível" ainda se faz presente. Lamentável pensar que o senso comum insiste em legitimar uma suposta arte muito da pretensiosa que almeja ser o que jamais será. Basta dizer que tal livro é ótimo porque todos assim o dizem ou por o fato da crítica elogiá-lo (vide Paulo Coelho)? Basta adotar uma postura conformista, quase alienada, perante uma produção artística que se vale da liberdade (libertinagem?) desses ditos "tempos modernos" para criar farsas travestidas de vanguarda? O medo de se fazer ignorante alimenta aqueles que, embora pseudo-intelectuais, querem se passar por revolucionários, não evidenciando o quanto são golpistas operadores de marionetes.

Isso é arte? Não, não é arte.
Ah, e o rei está pelado! Pelado!

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terça-feira, 4 de março de 2008

Tribunal do Santo Ofício

Fluxo de Consciência - por Inquisição de Almeida

Indicação classificatória na TV? Bem, talvez seja a tão exigida participação das autoridades e do poder público na vida do cidadão brasileiro, ainda que isso soe como um resquício de censura a qual, sabe-se lá o nível de semelhante disparate, seja necessária segundo a opinião de alguns. Ora, o regime comunista controlava os meios de comunicação com rigor maior em prol do bem-coletivo-utópico-meio-marxista-meio-leninista e ninguém falava nada. Por isso é que eu desconfio de que sempre há alguma manipulação e um sórtido interesse por trás daquelas emissoras de TV e publicações semanais que chamam a disciplina socialista de falta de democracia.

O líder do Hezbollah morreu. Fidel Castro não é mais presidente de Cuba. O que falta agora? Sepultarem o corpo de Lenin? McCain ser eleito? Zé Dirceu ser absolvido? Curioso: a tal indicação classificatória poderia ser útil nessas horas, convocando os telespectadores às atrações ao invés de restringí-los. Por exemplo: é noticiada a abertura de uma CPI no Congresso. Antes que todos os telespectadores mudassem de canal, poderia aparecer alguma legenda indicando: "Conteúdo importante para o exercício da cidadania; por favor, assista."

Mais do que se orgulhar por ser um povo apolítico, seria interessante se orgulhar pela grandeza em ser uma nação tão diversa quanto a brasileira. Exporta-se grãos, carnes, laranjas, aviões e belíssimas modelos. Se não fosse pelo heróico e nobre ato do príncipe Harry, indo ao Afeganistão combater em nome... em nome do que mesmo?, sugeriria o envio de alguns deputados e senadores para a guerra porque, avaliem, tal atitude projetaria ainda mais o Brasil no cenário internacional. Tirando a analogia do argumento, que sugere alguma equivalência entre príncipes e políticos brasileiros e suas prováveis regalias, seria possível até a realização de um referendo sobre a proposta, não? A julgar pela eficiência do referendo sobre o desarmamento até que seria uma boa.

A indústria da manipulação da informação me impressiona mais a cada dia. Agora eu me pergunto: onde o Jornal Nacional conseguiu encontrar tanto bingo ilegal em São Paulo? Se isso não for o passatempo preferido dos funcionários do Projac que, insatisfeitos com os jogos de azar, resolveram denunciar tudo, certamente é a prova cabal de que o Departamento de Jornalismo da Vênus Platinada é mestre um criar notícias e preparar o terreno para sempre estar na hora certa e no lugar certo. Não, não estou dizendo que a Rede do Plim-Plim forja as notícias e a cobertura das mesmas em nome da exclusividade; no máximo, só favoreceu a Beija-Flor de Nilópolis para ser bicampeã do Carnaval carioca. Pode até parecer desabafo de um coração envolto no manto azul e branco da Portela mas tudo não passa de uma sutil idéia que insiste em cogitar o quão sortudo poderia ser o sr. Roberto Marinho.

Quebrar o protocolo está em alta no cenário político. Sarkozy perdeu a compostura. Zhirinovsky perdeu compostura - e a eleição, diga-se de passagem. O Aécio Neves não perde a compostura nunca! Elegante e incólume tão quanto a Petrobrás, esta empresa impassível até mesmo ante a possibilidade de espionagem industrial. Aposto que aquele satélite que iria cair aqui na Terra tinha envolvimento no caso. Como sempre, lá estavam os norte-americanos (ainda que só os estadunidenses, claro) para salvar o mundo da destruição. Não foi um "Armageddon" ou um "Impacto Profundo" mas bem que poderia servir de argumento para Hollywood acabar com a greve dos roteiristas. Os fãs de "Lost" agradecem.

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Tribunal do Santo Ofício